Há aromas que nos transportam
imediatamente para locais específicos, como um fenómeno
psicológico. Alguns, como o Monoï, levam-nos ao Verão, a praias
paradisíacas, aos trópicos e trazem-nos um bem-estar de pensamentos
dourados pelo sol. Todos os anos a Yves Rocher tem disponível a sua
linha Monöi, que este ano é enriquecida com um novo produto. Monoï
Eau des Vahinés é uma eau de toilette que vai direito aos nossos
desejos paradisíacos. A sua nota principal é a flor de Tiaré do
Tahiti, uma espécie de gardénia que se pode encontrar nessa região
e que é usada para fazer o Monoï.
Nathalie Gracia-Cetto, perfumista na
casa Givaudan, é a responsável por esta criação: “imaginei,
para este perfume indissociável do verão, as notas quentes de uma
flor das ihas exóticas, inspirando-me nas minhas recordações das
férias e nas daqueles que me são próximos.” Para ela, o segredo
desta eau de toilette é o ylang-ylang extra de Moehli, a mais
pequena ilha das Comores, onde são colhidas apenas as flores que
chegaram à maturidade, reconhecidas pela sua cor amarela. Para
preservar a densidade do seu aroma, tão particular graças ao
cruzamento do Lis, da amendoeira e da tuberosa, elas são colhidas de
manhã cedo e à mão. É este perfume precioso, conjugado com o do
côco, que deixa na pele um rasto delicioso.
Mas afinal, em que consiste ao certo o
tão famoso Monöi?
É no Tahiti, a maior ilha da Polinésia
Francesa, no sul do Pacífico, que a flor de Tiaré é usada em
cerimónias especiais e para embelezamento pessoal por homens e
mulheres. É considerada uma flor mágica e simbólica, ligada ao
amor e transformou-se quase numa bandeira da região. Ela é colocada
em colares e oferecida aos turistas como sinal de boas-vindas. Tem um
aroma intenso, doce e envolvente. É uma flor de afectos e possui uma
série de códigos de amor e sedução a si associados. A flor de
Tiaré é um tesouro de beleza de toda a Polinésia Francesa e o
segredo de beleza das mulheres tahitianas. Em torno do seu pistilo
amarelo dourado, abre-se um leque de pétalas de um branco
maravilhoso e perfeito.
No Tahiti ainda hoje é feito o Monoï
tradicional desde há séculos, mesmo antes do contacto com os países
europeus. O primeiro europeu a falar do Monoï foi o Capitão James
Cook, em 1769. É elaborado a partir do óleo de côco e das flores
de Tiaré, que depois de colocadas em infusão nesse mesmo óleo, lhe
dão o tal aroma tão exótico e hipnótico. O Monoï é usado como
hidratante perfumado para todo o corpo. Para elaborar o Monoï, as
flores são colhidas à mão e colocadas em óleo de côco durante 15
dias. A este tipo de extracção chama-se “enfleurage”. Este
aroma é utilizado em muitos perfumes, tanto famininos como
masculinos. Thierry Mugler Alien Eau Luminescente, Cacharel Anais
Anais Eau Legère, Michael Kors Island Fiji são exemplos de
perfumes em que esta flor está bem presente. No que diz respeito ao
Monoï, a Sephora tem também uma linha de produtos com este cheiro
exótico, contando com cremes de corpo, perfume, gel de banho, velas,
etc.
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